sábado, 7 de setembro de 2013

                                            Arganaz

Arganaz e lirão são termos usados para designar as espécies de roedores da família dos glirídeos e também as espécies do gênero Microtus da família dos cricetídeos, mas trata especificamente das espécies Glis glis (arganaz cinzento), Muscardinus avellanarius (arganaz castanho) eDryomys nitedula (arganaz balcânico), que são roedores arborícolas aparentados com os esquilos e habitam a Europa, Ásia e África. São noturnos e costumam alimentar-se de frutas, sementes, flores, nozes e insetos. Durante o inverno, como é natural aos roedores, hibernam.
Os arganazes fornecem uma pele veludosa, usada para enfeites de vestidos. No Brasil, há uma espécie similar, o tuco-tuco, rato silvestre pertencente ao gênero Ctenomys.
Os arganazes são citados no livro de provérbios Capítulo 30:26, onde o escritor os considera como uma das quatro coisas muito pequenas na terra que são mais sábias do que os sábios, pois eles constroem as suas casas nas rochas.
As fêmeas de arganazes sob a ação da oxitocina criam um elo forte com o macho que estiver mais próximo delas, por isso são considerados um dos mamíferos mais fiéis ao seu único companheiro.
O arganaz de pinho da Baviera (Microtus bavaricus), considerado uma das espécies consideradas extintas, do qual não havia notícia desde 1962, e que pode ter sido visto recentemente na fronteira da Alemanha com a Áustria.

                                              Lóris

                                                        Bonitinho mas venenoso

Não se engane com esse jeito de ursinho de pelúcia.O Lóris lento javanês é um caso raro de primata venenoso e a sua mordida pode até matar.Mesmo assim,são caçados e traficados com animais de estimação.  
Para evitar mordidas, traficantes de animais arrancam os dentes dos lóris lentos
Até três anos atrás, muitos sequer imaginavam o que é um lóris. Seria um personagem de ficção? Um novo drinque? Bastou aparecer no YouTube um vídeo caseiro em que o pequeno e obscuro primata de hábitos noturnos é acarinhado com cócegas para transformá-lo em celebridade mundial. O clipe foi visto milhares de vezes. Basta buscar por lóris lento no Google para encontrar vários resultados. Outros vídeos foram publicados na Internet, conquistando um exército de fãs para simpático primata. A maioria deles, contudo, não está preocupada com a preservação do animal, mas em comprá-lo como bicho de estimação. Apesar de fofas e carinhosas, os lóris guardam um segredo fatal: eles são venenosos e uma única mordida é capaz de matar. As cinco espécies são as únicas de primatas venenosos. Pior: para sua peçonha não há antídoto conhecido.

Quando assisti ao vídeo pela primeira vez, lembrei minhas experiências com os lóris em seu habitat natural, principalmente de ver meu guia cambojano ser mordido por um lóris lento pigmeu (Nycticebus pygmaeus). O homem, um tipo rústico e hábil com a machete, entrou em pânico, jogou a bolinha de pelo no chão começou a chupar o veneno da ferida enquanto seu sangue pingava no chão. Imaginei que se obtivesse mais informações sobre o veneno do primata, poderia usá-las para demover os incautos da ideia de adquiri-lo como animal de estimação.

Ano passado, estive na Ilha de Java para realizar um estudo de três anos sobre o porquê de os lóris serem peçonhentos. Cientistas descobriram que eles são capazes de produzir seu próprio veneno e que parte da receita é composta pelas toxinas que absorvem dos alimentos. A pergunta era por que eles precisam da peçonha, que é produzida de forma muito peculiar. Cada um de seus braços possui uma glândula branquial que produz um óleo marrom, espesso e mal-cheiroso. O líquido parece inofensivo, mas, quando misturado à saliva do primata, pode ser letal para pequenos animais, e até para seres humanos. Há registros de mortes de pessoas por choque anafilático após serem mordidas de lóris.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013


                                           Morcegos

          O morcego é um animal mamífero da ordem Chiroptera cujos membros superiores (braços e mãos) têm formato de asas membranosas, tornando-os os únicos mamíferos naturalmente capazes de voar. No Brasil, o morcego pode ser raramente chamado pelos seus nomes indígenas andirá ou guandira .
Tradicionalmente, divide-se os quirópteros em morcegos propriamente ditos (subordem Microchiroptera) e raposas-voadoras (subordem Megachiroptera). Representam um quarto de toda as espécies de mamíferos do mundo. São pelo menos 1 116 espécies, que possuem uma enorme variedade de formas e tamanhos, podem ter uma envergadura de cinco centímetros a dois metros, uma enorme capacidade de adaptação a quase qualquer ambiente (só não ocorrem nos polos) e uma ampla diversidade de hábitos alimentares.
Os morcegos têm a dieta mais variada entre os mamíferos, pois podem comer frutos, sementes, folhas, néctar, pólen, artrópodes, pequenos vertebrados, peixes e sangue . Cerca de 70% dos morcegos são insetívoros, alimentando-se de insetos, sendo praticamente todo o restante frugívoros, ou seja, alimentam-se de frutas. Somente três espécies se alimentam exclusivamente de sangue: são os chamados morcegos hematófagos ou vampiros, encontrados apenas na América Latina. Dessa maneira, morcegos contribuem substancialmente para a estrutura e dinâmica dos ecossistemas  , pois atuam como polinizadores, dispersores de sementes, predadores de insetos (incluindo pragas agrícolas), fornecedores de nutrientes em cavernas e vetores de doenças silvestres, dentre outras funções. Possuem ainda o extraordinário sentido da ecolocalização (biossonar ou orientação por ecos), que utilizam para orientação, busca de alimento e comunicação
Corynorhinus townsendii

                                        Ornitorrinco

          O ornitorrinco (nome científico: Ornithorhynchus anatinus,) é um mamífero semiaquático natural da Austrália e Tasmânia. É o único representante vivo da família Ornithorhynchidae, e a única espécie do gênero Ornithorhynchus. Juntamente com as equidnas, formam o grupo dos monotremados, os únicos mamíferos ovíparos existentes. A espécie é monotípica, ou seja, não tem subespécies ou variedades reconhecidas.
O ornitorrinco possui hábito crepuscular. Preferencialmente carnívoro, sua dieta baseia-se em crustáceos de água doceinsetos e vermes. Possui diversas adaptações para a vida em rios e lagoas, entre elas as membranas interdigitais, mais proeminentes nas patas dianteiras. É um animal ovíparo, cuja fêmea põe cerca de dois ovos, que incuba por aproximadamente dez dias num ninho especialmente construído. Os monotremados recém-eclodidos apresentam um dente similar ao das aves (um carúnculo), utilizado na abertura da casca; os adultos não têm dentes. A fêmea não possui mamas, e o leite é diretamente lambido dos poros e sulcos abdominais. Os machos têm esporões venenosos nas patas, que são utilizados principalmente para defesa territorial e contra predadores. Possui uma cauda similar a de um castor.
As características atípicas do ornitorrinco fizeram com que o primeiro espécime empalhado levado para a Inglaterra fosse classificado pela comunidade científica como um embuste. Hoje, ele é um ícone nacional da Austrália, aparecendo como mascote em competições e eventos e em uma das faces da moeda de vinte centavos do dólar australiano. É uma espécie pouco ameaçada de extinção. Em 2008 pesquisadores começaram a sequenciar o genoma do ornitorrinco e descobriram vários genes compartilhados tanto com os répteis como com as aves, mas cerca de 82% dos seus genes são compartilhados com outras espécies de mamíferos já sequenciadas, como o cão, a ratazana e o homem.
Ornithorhynchus.jpg

                                           Pandas

       panda-gigante ou urso-panda (nome científicoAiluropoda melanoleuca) é um mamífero carnívoro da família Ursidae endêmico da República Popular da China. O focinho curto lembrando um urso de pelúcia, a pelagem preta e branca característica e o jeito pacífico e bonachão o tornam um dos animais mais queridos pela humanidade. Extremamente dócil e tímido, dificilmente ataca o homem, a não ser quando extremamente irritado.O panda-gigante está confinado ao centro-sul da China. Sua distribuição atual consiste em seis áreas montanhosas isoladas.

      

                                    Reprodução

           A época de reprodução dá-se na Primavera, quando os machos competem pela fêmea fértil. A gestação é em média de 135 dias. Normalmente nascem um ou dois filhotes. Devido à natureza frágil e delicada dos ursinhos, a mãe opta por criar um único filhote. O filhote rejeitado é abandonado à morte. O desmame dá-se com um ano de idade, mas o panda já é capaz de ingerir o bambu em pequenas quantidades desde os seis meses. O intervalo entre as ninhadas é de dois anos ou mais               

                                         Conservação

        A baixa taxa de natalidade, a alta taxa de mortalidade infantil e a destruição de seu ambiente natural colocam o panda sob ameaça de extinção..O número de pandas selvagens na China está estimado em 1.596. Em 2000 contavam-se 1.114 exemplares, espalhados por territórios que têm uma superfície total de 23.000 km² nas províncias de Sichuan, Gansu e Shaanxi. Estudos em 2006, baseados em exame de DNA coletado em fezes, indicam que possam haver pelo menos 3.000 animais em liberdade. Existem 183 pandas-gigantes em cativeiro na China, 100 dos quais, estão em um centro especializado em Sichuan. Outros 20 espécimes se encontram distribuídos pelos principais zoológicos do mundo.